O ABRAÇO QUE NUNCA ESQUECEREI


Oi galera abençoada de Deus ! Estou muito feliz com o meu Senhor pois está se aproximando a Confraternização de Jovens de 2014 em minha igreja, e Deus está trabalhando na vida de todos os que estão cooperando, quero aproveitar e pedir a oração de vocês para que nessa festa de louvor e adoração ao nosso Deus vidas possam ser alcançadas pela graça e misericórdia que nos alcançou.

O tema desse ano será "CHEGAI-VOS PARA CRISTO - Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo." Oramos ao nosso Deus para que essa mensagem toque os corações daqueles que ainda não conheceram o caminho, a verdade e a vida, e que nós também nos aproximemos ainda mais de Jesus. 

Tenho algo especial e diferente para compartilhar nesse post, gosto muito de ler livros, em especial é claro livros cristãos. Sempre sou edificada quando leio artigos, (como os do blog Papo Varoa que é uma benção) assuntos e livros que são centrados na palavra de Deus. Aprendo muito e é uma alegria poder repassar essas mensagens para outras pessoas, sendo assim o que o post dessa semana é uma das várias histórias que estão no livro "Amor é um verbo" do autor Gary Chapman. Este é um dos autores que mais aprecio ler, ele possui outros títulos maravilhosos também, caso alguém se interesse, alguns dos quais eu li e me edificou bastante foram: Acontece a cada primavera; Incertezas do outono; As cinco linguagens do amor. Acompanhe essa leitura, tenho certeza que irá tocar seu coração como tocou o meu, vale muito a pena ler até o fim, o aprendizado é certo. Ótima leitura!

A quem dá liberalmente, ainda se lhe acrescenta mais e mais. [Provérbios 11.24a]


O abraço que nunca esquecerei

                                                        Rebecca Willman Gernon

"Você precisa passar a noite com papai", repreendi a mim mesma enquanto seguia pela estrada. "Você sempre fica com seus pais quando vai visitá-los, não na casa da sua irmã." Meu pai era uma fortaleza silenciosa e impenetrável, escondendo-se por trás de um olhar carrancudo ou de um comentário seco. Durante a maior parte dos meus 35 anos de vida, ignorei ou tentei, sem sucesso, fazer que ele reconhecesse a mim ou as minhas realizações. Nenhum dos extremos me satisfez. Quando me afastei de meu pai, livrei-me da rejeição face a face, mas ainda desejava relacionar-me com ele. Era comum que, ao me envolver em conversas com ele, suas respostas grosseiras ferissem meus sentimentos. Eu me sentia presa a uma situação impossível de ser vencida. O relacionamento com minha mãe era muito diferente. Embora morássemos a duzentos quilômetros de distância uma da outra, eu e mamãe compartilhávamos nossos sentimentos por meio de cartas semanais e ligações telefônicas. Mamãe sabia que eu desejava ter um relacionamento melhor com papai, mas não tinha nenhuma sugestão sobre como alcançá-lo. Sua compreensão e seus abraços ajudavam, mas não eliminavam meu desejo de sentir-me mais próxima de meu pai. 

Durante toda essa luta, guardei um segredo obscuro, algo que não contei nem mesmo a minha mãe. Embora papai fosse mais velho que mamãe, eu temia que ela morresse primeiro, deixando-me sozinha para lidar com meu pai pouco comunicativo. Meu temor tornou-se real quando mamãe recebeu um diagnóstico de que estava com câncer nos ossos. O prognóstico: três ou quatro anos de vida. Enquanto eu lidava com a doença debilitante de minha mãe, discutia comigo mesma: "Você precisa passar a noite com papai". "É, mas vou me sentir horrível; ele não me dirá nem meia dúzia de palavras". "Uma boa filha visita seu pai." "Talvez, mas ele não é um pai muito bom; ele raramente fala comigo". Considerei que meu pai havia pagado minha faculdade e a das minhas irmãs, sem jamais pedir que contribuíssemos com nada. "É, mas papai nunca perguntou o que eu faria depois de formada nem quais eram as minhas notas." "Nunca tive falta de comida ou de roupas." "Sim, mas precisei usar as roupas das minhas irmãs mais velhas. Nunca usei a última moda. Papai era muito simplório para que eu me vestisse como as outras meninas." Pensei no custo de nossas férias de verão, nas quais conhecemos diversos estados, partes do Canadá e uma riqueza enorme de lugares e museus. "É, mas sempre ficávamos em algum lugar esquisito. Nunca na praia ou nas montanhas."

Todo pensamento positivo que eu tinha era negado por lembranças infelizes. Enquanto eu lamentava meu destino, diversos versículos bíblicos me brotaram na mente, entre eles: "Nós amamos porque ele nos amou primeiro" (1 Jo 4:19) e "Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores" (Rm 5:8). A profundidade do amor de Deus me impressiona. Ele nos amou quando não éramos dignos de ser amados. De repente, pensei num slogan que usava com frequência ao aconselhar alcoólicos: "Finja até conseguir". Isso esclareceu o que eu deveria fazer. Trataria meu pai como se ele tivesse sido o pai perfeitamente amoroso que sempre sonhei ter. Independentemente de sua reação, eu deixaria claro que me importava com ele. Não esperaria seu amor; daria o meu amor primeiro. Naquela noite, eu e papai comemos o jantar que ele havia preparado. Elogiei-o pela refeição. Nenhuma resposta. Depois do jantar, limpei a cozinha e, então, juntei-me a ele na sala de estar. Sentamos cada um num canto da sala lendo em silêncio nossa parte do jornal. Às dez horas, ele anunciou que ia para a cama e pediu que eu apagasse as luzes. 

Na manhã seguinte, eu planejava ir visitar mamãe na clínica e depois ir direto para casa. Papai me acompanhou até lá fora. Antes de entrar no carro, coloquei meus braços ao redor dele. "Tchau, papai. Eu te amo." Não fiquei com farpas nas roupas, mas abraçá-lo era como apertar um poste de madeira. Seus braços nunca se separavam de seu corpo. Várias semanas depois, no Dia dos Pais, eu estava sem vontade de ligar para meu pai, mas disse a mim mesma: "Aja como se tivesse o melhor pai do mundo." Desejei a meu pai um feliz Dia dos Pais e perguntei sobre sua horta, um assunto que sempre gerava alguns comentários. Ele falou que queria colher alguns rabanetes e levar para mamãe na clínica, que precisava espantar os coelhos que espreitavam o pé de ervilhas e que estava a colher alguns aspargos. 
— Eu te amo, papai — eu disse, no final da conversa.
— Tchau — ele respondeu.
Ainda naquela semana, liguei para mamãe. "Seu pai me disse que ficou feliz por você ter ligado para ele no Dia dos Pais", ela contou. "Mas por que ele não disse isso para mim?", pensei.

Nos nove meses seguintes, enquanto o câncer de mamãe devorava seus ossos, prossegui em minha demonstração de amor unilateral a papai. Em março, juntei-me a ele para comemorarmos nossos aniversários, que ocorrem com uma diferença de dez dias. Olhei para sua coleção de cartões de aniversário que estava sobre a lareira.
— Você recebeu um cartão da Francine? — perguntei. Minha irmã mais velha havia esquecido meu aniversário. — Ela não se lembrou mesmo do meu aniversário.
— Mas o que é um cartão? — papai respondeu. — Nada mais que um pedaço de papel.
— Eu sei, papai, mas...
— Eu disse isso apenas para você não se sentir tão mal.
Fiquei surpresa diante da explicação dele. Sempre achei que papai não tinha sentimentos, ma vez que não os expressava, mas debaixo de sua fachada de pedra ele tinha emoções e estava preocupado com as minhas. Agora, eu era a pessoa muda.

Meses depois, em outra visita, eu disse a papai:
— Sabe, fico feliz porque o senhor pagou minha faculdade. Obrigada, papai.
Ele se afastou de mim e disse:
— Nunca achei que fosse viver o suficiente para ouvir alguém me agradecer.
Durante toda a minha vida desejei seu amor e reconhecimento e, agora percebi que ele ansiava pela mesma coisa. Papai saiu e pensei nas tantas vezes em que ele fizera algo especial por mim: comprar casquinha de sorvete com cobertura de chocolate na lanchonete Dairy Queen, um tratamento especial que somente nós tínhamos; dar-me um pula-pula no Natal, um presente que eu não sabia como usar, mas que ele me mostrou como funcionava, o que nos fez rir muito; comparecer a minhas peças de teatro e apresentações na escola; compartilhar seu amor pela jardinagem; montar seu telescópio para mostrar-me as crateras da Lua; fazer arapuca para pegar vaga-lumes. Quantas vezes agradeci por essas coisas? Não o suficiente.

Tendo estudado psicologia na faculdade, sabia da importância de sentir-me aceito. Como era triste ver que, aos oitenta anos de idade, meu pai — um bem-sucedido engenheiro químico e uma das pessoas mais inteligentes que já conheci — era incapaz de dar ou receber amor livremente. Meu plano de tratar papai como se ele fosse o melhor pai do mundo redundou em sucesso, apesar de minha motivação egoísta. Papai de fato era o melhor pai do mundo. Ele me deu tudo que o que tinha para dar: seu amor por jardinagem, uma mente investigadora e educação e habilidades para ser autossuficiente. Seis meses depois, mamãe faleceu. Continuei a fazer minhas ligações semanais a papai e a visitá-lo diversas vezes por ano nos quatro anos seguintes. Cada vez que o visitava, eu o abraçava e dizia que o amava e, como sempre, ele permanecia rígido, sem dizer nada. A última vez que o visitei, pouco antes de ele morrer devido a um ataque cardíaco, ao abraçá-lo seu braço direito moveu-se de seu lado e bateu nas minhas costas. Então, ele rapidamente colocou seu braço de volta junto ao corpo. Aquele pequeno tapinha aconteceu quinze anos atrás, mas ainda me lembro da sensação de sentir um abraço do melhor pai do mundo.

A natureza humana frequentemente nos impele a olhar para as pessoas de nossa vida e chorar. "Mas você não se importa. Só posso amá-lo se você me amar." A tendência da natureza humana é afastar-se e esperar para dar até que estejamos certos de que receberemos benefícios em troca da dedicação de nosso tempo e esforço. Mas quão contrário à natureza humana é o verdadeiro amor! Quando desejamos que alguém mude, às vezes o melhor passo é dar o primeiro passo: agir não de acordo com o modo como as coisas são, mas da maneira como gostaríamos que o relacionamento fosse. Num relacionamento, optar por ter fé é sempre um risco. Contudo, o mais comum é que, quando nos dispomos a dar o primeiro passo, as mudanças aconteçam em nós e naqueles de quem desejamos estar próximos.


Então galera, esta era a história que queria tanto compartilhar com vocês. Cada vez que leio "O abraço que nunca esquecerei" me emociono, enquanto ia transcrevendo trecho por trecho meus olhos se enchiam de lágrimas principalmente na parte final. Com essa linda história verídica como o autor explica na nota de agradecimento do livro, eu pude aprender mais sobre o amor. Sobre o verdadeiro amor melhor dizendo. Três frases têm um grande destaque para mim: "A profundidade do amor de Deus me impressiona. Ele nos amou quando não éramos dignos de ser amados." O sublime amor de Deus nos alcançou quando ainda éramos pecadores, por sua graça e misericórdia hoje temos vida e podemos viver o seu amor e pregar este mesmo amor aos outros. O seu amor é um amor incondicional. "Não esperaria seu amor; daria o meu amor primeiro." É exatamente assim que devemos nos posicionar, colocar isso em nossas mentes e acima de tudo praticar, ter uma atitude de amar primeiro, não esperar a ação do outro e sim dar o primeiro passo com fé. Pois é através da fé que alcançamos o próximo."Durante toda a minha vida desejei seu amor e reconhecimento e, agora percebi que ele ansiava pela mesma coisa." Quantas vezes não nos deparamos com situações assim em nossas vidas, as pessoas que mais queremos por perto, que mais amamos, precisam de algo que nós também necessitamos e ao invés de nos doarmos em amor por aquela causa só tomamos uma atitude se o nosso "eu" for abastecido primeiro. Não nos atentamos, mas quase sempre a pessoa ao nosso lado precisa tanto quanto nós próprios de amor e reconhecimento. Se não temos atitudes assim amém, mas se a nossa mente e coração está fechado para o amor real e simples que tenhamos uma mudança de pensamento e atitudes.

Que o amor não seja algo negociável e as demonstrações de carinho e afeto não sejam vistas como uma moeda de troca. Mas, que seja um sentimento dado liberalmente! 

Sejam todos abençoados com o profundo e verdadeiro amor de Deus, 

abraços da Jiu.

Comentários