“Seja constante o amor fraternal. Não se
esqueçam da hospitalidade, foi praticando-a que, sem saber, alguns acolheram
anjos. Lembrem-se dos que estão na prisão, como se estivessem aprisionados com
eles, dos que estão sendo maltratados, como se fossem vocês mesmos que
estivessem sofrendo. Hebreus: 13.1-3.”
Olá galera! Tem um bom tempo que não publico nada, mas como conversei antecipadamente
com as administradoras do PV, precisei me ausentar devido a compromissos que
estavam me ocupando ao ponto de não conseguir me dedicar com zelo aos textos.
Mas graças a Deus estou de volta!
Hoje o post terá um estilo um pouco diferente do que o de costume. Vou
compartilhar com vocês uma experiência maravilhosa que o Senhor me concedeu
junto com o louvor e o teatro da minha igreja nesse sábado (06/09).
Todos nós fomos ensinados desde pequenos a ser educados, atenciosos e
solidários com o sofrimento alheio, além de procurar ajudar da melhor maneira
possível.
A mensagem de Mateus 22:37 a 39 “Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu
coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento. Este é o
primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: Ame o seu próximo
como a si mesmo”, muitas
vezes se torna um bordão em nossa vida. O temos na ponta da língua, mas não
fazemos de fato aquilo que pregamos. Quando Jesus Cristo diz para amar ao
próximo, está dizendo para se tomar a decisão de fazer isto.
Com base nessa necessidade de ação os integrantes do louvor e do teatro
da minha igreja resolveram se unir para atender o compromisso que Deus exige de
nós, que é compartilhar o amor de Deus ao próximo. Dessa união nasceu o
LouvAção, e nossa primeira experiência foi levar a esperança às crianças que estão em
tratamento do Câncer em um hospital regional da nossa cidade.
Foram momentos incríveis. Sentimos a mão do Pai em cada detalhe sanando as
nossas preocupações e também o nosso nervosismo. Tudo fluiu além do que
imaginávamos. Deus nos reservou muitas surpresas e bênçãos naquele lugar dando-nos
a oportunidade de amar aqueles pequeninos e ver o amor nas pequenas coisas.
Ao atrair sorrisos largos e sinceros e receber os exemplos de superação
e força, tanto das crianças quanto de seus familiares, provocou em cada integrante
um confronto de realidade. As pessoas que mais ganharam com tudo isso com
certeza fomos nós! Foi a primeira vez que participei de uma ação como essa e a
vontade de levar a palavra, um pouco de esperança e amor só aumentaram dentro
do meu coração!
Façam tudo com amor. 1
Coríntios 16.14.
Façam tudo com amor. A palavra não nos diz para sentir tudo com amor.
Fazer implica decisão e ação. Diz as Escrituras que quando um doutor da Lei se
dirigiu a Jesus com a intenção de tentá-lo, e lhe fez um questionamento de como
deveria agir para conseguir a vida eterna, Jesus devolveu a sua pergunta arguindo-o
do que dizia as Escrituras a respeito daquele assunto e, ele respondeu dizendo
de deveríamos amar a Deus como todo o nosso coração, com toda da nossa alma, com
todas as nossas forças e com toda a nossa mente e, ao próximo, como amamos a
nós mesmos.
Jesus lhe disse que ele estava absolutamente certo e agindo dessa forma
ele viveria. Mas, quando o mestre não se dando por vencido questionou a respeito de quem seria o nosso
próximo, o Senhor respondeu através de uma parábola do homem que estava
indo de Jerusalém à Jericó e durante a sua caminhada foi assaltado e os ladrões
tiraram a sua roupa, deram-lhe uma surra e o abandonaram prestes a morrer.
Essa parábola bem conhecida se encontra em Lucas 10 e nos mostra as
atitudes de três pessoas: o sacerdote, o levita e o samaritano. Os dois
primeiros, apesar de virem que o homem precisava de ajuda procuram passar longe
para não se envolverem no caso e o terceiro agiu de maneira completamente
diferente, se envolveu por inteiro no problema ajudando aquele homem e, com
certeza, salvando a sua vida. Esse
texto nos fala de atitudes de amor, de zelo, cuidado e do próximo, mas também
nos leva à reflexão do que seria amar o próximo.
Na grande maioria das vezes, quando falamos de amor somos levados a
pensar de pronto no sentimento,
porém eu gostaria de enfatizar que o amor ao próximo fala muito mais de comportamento.
É lógico que o samaritano teve pena daquele homem, teve compaixão de
vê-lo naquela situação, quase morto, sem roupa, cheio de ferimentos e prestes a
morrer, mas a pergunta que devemos fazer é: “Será que o sacerdote e o levita também não tiveram?”. Não
podemos responder em virtude de a Bíblia não falar nada a esse respeito, porém
não seria nenhum absurdo pensar que sim.
O que fez a diferença para a vida daquela
pessoa não foi o sentimento e sim o comportamento do samaritano. Ele sentir pena e agir
da mesma forma que o sacerdote e o levita de nada teria adiantado para a vida
do homem assaltado. O que realmente fez toda a diferença foi a sua atitude de descer do seu cavalo,
cuidar dele, levá-lo para a pensão, continuar cuidando e ainda deixar dinheiro
e a recomendação para que ele fosse cuidado, isto é, o seu comportamento diante
daquele quadro.
Deus nos conclama a
um amor sincero e verdadeiro que excede ao comportamento formal que muitos de
nós temos em determinadas situações. Porém, este amor esperado por Deus de cada
um de nós requer muito esforço e vontade, pois se trata de uma decisão
de realmente nos envolvermos com determinadas situações, isto é, tem a ver com comportamento, ações e
não com sentimento.
Muitas vezes, muitos de nós, quando procurados em alguma situação por
alguém, ficamos muito penalizados, solidários, oramos, mas a grande mensagem que
Jesus nos deixou com essa parábola é que agir assim talvez não seja o
suficiente. É lógico que nem sempre é possível ter uma atitude diferente, porém
o que precisamos estar atentos é para o fato de que em muitas ocasiões podemos
fazer algo mais, ou seja, podemos ter um comportamento diferente e irmos além
de simplesmente nos solidarizar, orar ou ficar com pena.
O nosso comportamento é fundamental em diversas questões e, em
determinadas ocasiões não é necessária muita coisa. O problema é que, como o
sacerdote e o levita, não queremos sair do mundinho que criamos (Já falei em “Saia do seu mundinho” sobre
isso, se você não leu clique aqui) e, em determinadas situações, se
formos realmente ajudar, é o que acabará acontecendo. Então por conta disso, deixamos de fazer
aquilo que poderíamos.
“Vocês já estão limpos, pela palavra que tenho falado.
Permaneçam em mim, e eu permanecerei em vocês. Nenhum ramo pode dar
fruto por si mesmo se não permanecer na videira. Vocês também não podem dar
fruto se não permanecerem em mim.
Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu
nele, esse dará muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma.
Se alguém não permanecer em mim, será como o ramo que é jogado fora e
seca. Tais ramos são apanhados, lançados ao fogo e queimados.
Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras permanecerem em
vocês, pedirão o que quiserem, e será concedido.
Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem muito fruto; e assim
serão meus discípulos.
Como o Pai me amou, assim eu os amei; permaneçam no meu amor. Se vocês
obedecerem aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como tenho
obedecido aos mandamentos de meu Pai e em seu amor permaneço.
Tenho dito estas palavras para que a minha alegria esteja em vocês e a
alegria de vocês seja completa.
O meu mandamento é este: Amem-se uns aos outros como eu os amei.” – João
15:3 a 17.
A fé verdadeira
transforma as nossas vidas, fazendo com que as nossas atitudes sejam completamente
diferentes da vida que tínhamos antes e, sendo assim, uma vez que fomos
totalmente transformados as boas obras serão uma consequência natural dessa
nova criatura.
É claro que não conseguiremos resolver todas as mazelas do mundo, mas se conseguirmos
não nos omitir naquelas que estão próximas de nós já estaremos colocando em
prática aquilo que Deus deseja de nós. A decisão em agir ou não sempre
será nossa.
Quando nós ajudamos
a curar o coração do outro, transformando a dor em amor, também curamos o nosso
coração. A vida faz mais sentido quando dividimos o amor, a graça e a paz de
Deus com alguém. A nossa felicidade é dobrada a medida que tomamos atitudes
pautadas no amor do Pai gerando, assim, bons frutos para o Reino de Deus. É
isso que o amor ao próximo faz com a gente: Enche nosso coração de gratidão e
nos impulsiona a fazer cada vez mais.
Eu te desafio a
agir. Pense nisso e deixe seu comentário.
“Amados, amemos uns aos outros, pois o amor
procede de Deus. Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Quem não
ama não conhece a Deus, porque Deus é amor.”
1 João: 4.7-8.
Com amor e
gratidão,
.:: Oksana Tamyris.
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