Olá meninas, hoje o post não é de minha autoria porque devido à
semana de provas e toda a correria eu, infelizmente, não tive tempo de terminar
o artigo que eu preparei com a qualidade que é necessária, mas semana que vem
volto com tudo o/. Então, hoje compartilho com vocês um artigo muito edificante
que li no site da lagoinha, de autoria de Ricardo Barbosa de Sousa, da Revista Ultimato.
Boa leitura e Deus as abençoem! Go!
Há uns anos, assisti a um documentário sobre os mosteiros
no Brasil e me chamou atenção a conversa entre o repórter e um jovem monge. O
repórter perguntou qual era a maior dificuldade que ele enfrentava no dia a dia
dentro de um mosteiro. O jovem respondeu que não era o voto de castidade, como
muitos pensavam, mas o voto de obediência.
Jesus nos ensina a
suplicar dizendo: “Seja feita a tua vontade assim na terra como no céu”. Essa
súplica implica o reconhecimento e a aceitação da revelação de Deus nas
Escrituras, uma vez que a vontade de Deus é o conteúdo daquilo que nos foi
revelado na Palavra dele. Não se trata de saber se é a vontade de Deus que eu
faça este ou aquele curso, ou se devo mudar para esta ou para aquela cidade.
Trata-se do conteúdo moral, ético e espiritual dos mandamentos e dos propósitos
de Deus que constituem a norma de vida e conduta.
Quando oramos com essa
súplica em mente, entramos num conflito entre a nossa velha e corrompida
natureza, com suas vontades e caprichos, de um lado, e a vontade boa, perfeita
e agradável de Deus, de outro. A aventura da oração é o longo caminho que nos
leva a submeter a nossa vontade à de Deus. Nesse caminho, aprendemos a dizer
“sim” para Deus e não para nós. É a aceitação de que Deus é quem tem a
iniciativa para a nossa vida. É a abertura do coração e da mente para a entrada
do céu na terra.
Quando oramos assim, em
vez de virar as costas para o mundo, voltamos nosso rosto para ele. Essa oração
nos ajuda a ver a vida com grande realismo. Aprendemos a olhar para o mundo e o
ser humano como o Criador olha para eles. Sem essa oração, o que vemos é apenas
um mosaico de desejos e escolhas de indivíduos voluntariosos e rebeldes. O
pecado é a grande realidade que nos mantém cegos. Quando negamos o pecado, nós
nos tornamos vítimas de um otimismo frágil, inconsistente e, muitas vezes,
desesperador em relação ao ser humano, à sociedade e à vida.
Jesus certa vez disse:
“Não procuro a minha própria vontade, e sim a daquele que me enviou”. Por que
era tão decisivo para Jesus compreender e realizar a vontade do Pai? A resposta
está na oração do jardim do Getsêmani: “Meu Pai, se possível, passe de mim este
cálice! Todavia, não seja como eu quero e sim como tu queres”. A vontade de
Deus trouxe grande sofrimento e, finalmente, a morte ao Filho de Deus. Porém, a
obediência dele realizou a libertação e a salvação de todo o que nele crer. Foi
a vontade de Deus e a obediência do Filho de Deus que trouxeram ao mundo a
grande verdade do propósito divino.
Santo Agostinho dizia
que “Deus é como o médico: não atende aos desejos do doente; atende apenas às
exigências da saúde”. Para ele, a vontade é a força por meio da qual se erra,
ou se vive em
retidão. Submeter-se à vontade de Deus é viver a partir da
realidade do mundo de Deus, um mundo de justiça, verdade e amor.
Por isso, o jovem monge
reconheceu que a obediência é a virtude mais difícil. Porém, é por meio dela
que nos tornamos verdadeiros. Nas palavras de C. S. Lewis, “Só há duas espécies
de pessoas no final: as que dizem a Deus: ‘Seja feita a tua vontade’, e aquelas
a quem Deus diz: ‘A tua vontade seja feita’”.
:: Ricardo Barbosa
de Sousa – Revista Ultimato
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