Um Deus extraordinário faz coisas extraordinárias

Meu nome é Nelly, dia 25/03/2012 eu morri, mas quero contar um pouco da vida e das experiências que tive para vocês. 

Vou começar falando do que vivi ao logo desses 15 anos, sim, eu vivi pouco tempo, mas dou glória a Deus pela minha morte, afinal, nela ninguém tinha me apresentado esse caminho, até que alguém finalmente apareceu. Mas, deixo isso pro final.

Eu nasci em Belém do Pará - Vigia, um Município a 1h e 30 min da Capital, mas moro em Macapá. Antes de nascer minha mãe pensou em me abortar, quando eu nasci tive apendicite e tive que operar correndo risco de morte, só que ainda não era a hora de partir, então tudo ocorreu muito bem. 

Com 4 anos de idade não podia chorar que engolia o choro e desmaiava, me batiam muito para eu acordar, cheguei a ficar desmaiada por 15 minutos e então novamente pensaram que eu ia morrer, e mais uma vez ainda não era hora... Fui crescendo mais um pouco e fui tendo noção de um grande mundo que poderia me oferecer muitas coisas.

Minha mãe católica devota, me ensinou a crer em um homem chamado Deus, e sim, eu cri, ia em missas, cheguei a ser batizada, fiz primeira comunhão, e participei de muitos eventos de santos e outros deuses. 

Aos 10 anos, em uma tarde de sábado, ia andando até a cozinha da minha casa e vi minha mãe beijando uma mulher que morava conosco, minha mãe sempre morou com mulheres, mas eu pensava que fossem amigas que ela ajudava dando abrigo. Antes dessa, ela teve uma outra, que cuidou de mim por muito tempo. Ela foi embora de casa e eu não sabia o porquê, mas era porque elas tinham terminado. 

Continuando, depois que a vi, ela veio conversar comigo sobre o beijo, conversamos, ela disse a opção sexual dela e perguntou se eu estava brava, mas eu realmente não estava e aquilo tudo pra mim era normal, eu era uma criança e até ri quando ela veio conversar comigo. 

Com todos os acontecimentos, todas as influências do mundo, eu com 11 anos de idade comecei a descobrir sobre beijos, o namoro e a pegação. Brincava de boneca com uma amiga que era minha vizinha, e um dia nós pensamos em brincar de namorados, nos beijamos, nos masturbamos... Eu gostei. Brincávamos uma vez ou outra, mas eu não entendia aquilo, não entendia o porquê eu fazia isso, mas eu sabia que eu gostava e queria mais, afinal eu não tinha ainda um namorado.

Eu tinha vários amigos na rua de casa, e um deles eu cheguei a namorar, brincava de esconde-esconde pra poder beijá-lo e isso com 11 anos de idade, namorávamos e essa paixão logo no começo não era recíproca, só eu amava e cheguei a chorar muito por isso, sofri demais, eu era uma criança, então todas as palavras eram intensas, muitas feridas foram geradas... O tempo passou e nós terminamos.

Eu cresci, criei um corpo muito bonito, que usava para atrair os homens, meus shorts eram minis e meus decotes eram enormes, uma verdadeira piriguete, e acredite, eu não sentia frio! Meu Estado sempre foi muito quente, isso ajudava bastante na escolha das roupas.  

Voltei com meu namorado de infância, pois ainda o amava e nós sempre tivemos amigos em comum, nós sempre mantivemos contato, então nos reaproximamos e voltamos, namoramos, e era um namoro cheio de brigas, ilusões, discussões, beijo e pegação... Se existiram bons momentos? Talvez, não me recordo deles. E então comecei a descobrir as drogas, o álcool, o cigarro, os amigos e o verdadeiro mundo. 

Nunca fui de ir em festas, ia mais nas casas dos amigos, mas me recordo de uma certa festa que fomos eu e uma amiga, e lá tinha um negócio chamado narguilé, eu não sabia o que era e resolvi experimentar, aquilo passava na boca de muitos meninos, e eu estava lá no meio com eles, puxando aquela droga. Não cheguei a ficar muito doida, mas aquilo era bom, e eu só queria continuar. Mais tarde a polícia chegou na casa e fugimos, saímos de lá e fomos pra outro local, então cheguei em casa e me deitei, só achava o vazio na escuridão. 

Com 15 anos, fui à outra festa, e lá que tudo começou, era aniversário de uma das minhas amigas e bebi muito, meu namorado estava lá. Quando parei de beber me deitei, não conseguia mais ficar em pé, fui pra um dos quartos da casa onde estava sendo a festa, meu namorado passou a noite cuidando de mim, vomitei a noite inteira, e depois disso nós começamos a pegação, nos masturbarmos, ele pediu pra transarmos, mas fui forte e não cedi. Voltei para casa e dormimos... Eu e vazio do meu coração. 

Dias depois fui até a casa do meu namorado, e disse: "vamos tentar”, ele não hesitou claro, e transamos. Entreguei minha alma a ele e tudo aquilo que era meu passou a ser dele. Mas antes de tudo isso, eu já me masturbava em casa, e no sexo não senti o mesmo prazer que sentia, então aquilo me constrangeu!

Resolvi contar a minha mãe, da pior maneira, na frente das minhas amigas, ela ficou super decepcionada comigo, me proibiu de vê-lo e de falar com ele. Me deixou de castigo e como toda mãe, chorou muito, eu fiquei decepcionada comigo mesmo, chorei a noite inteira e orei, eu não sabia o que era aquilo mas eu estava conversando com Deus e pedindo desculpa a Ele pelo o que eu tinha feito. Dormi e no dia seguinte ainda estava muito triste. E assim segui.

As coisas se acalmaram, eu voltei a sair, a encontrar meus amigos. Um dia fomos a um terreno, e quem estava lá? Ele, agora ex-namorado. Chegamos no sábado de manhã e quando anoiteceu começou a bagaceira, e ele veio falar comigo, pediu desculpas, disse que me amava, eu boba e carente acreditei, começamos a nos beijar, mas não chegou a rolar o sexo.

Já chegando ao final da minha vida, uma pessoa chamada Paula, estava nesse terreno, ela me viu rebolar, ir até o chão e dançar ao som de "Quero te dar”, ela me chamou pra ir na casa de um homem, aquele do começo da história, chamado Deus. Eu fui, era uma casa diferente, uma casa bonita, com pessoas bonitas, eu vi uma luz ali. Eu comecei a ouvir histórias de uma palavra que eu não conhecia, era um livro novo, diferente de tudo que já tinha visto. Paula me chamou pra um negócio chamado Encontro com Deus, eu fui, mas antes, tudo deu errado, quase não chego lá, minha mãe um dia antes me deixou de castigo... Enfim, mas esse homem chamado Deus, tinha um projeto já pronto para minha vida. 

Chegando lá fui impactada em todas as ministrações, mas isso não posso contar, pois fizemos um trato naquele lugar. Na última ministração eles perguntaram quem queria aceitar esse homem chamado Deus, eu levantei a mão e sim, no dia 25/05/2012 foi o dia em que eu morri.

Morri para essa vida onde eu sofria, onde eu cometia adultério e  gostava, me sentia cada vez mais poderosa quando ficava com um garoto, cheguei a ficar com 15 meninos em pouco tempo, a carência me consumia, a falta de amor era uma área escura que Deus acendeu no meu coração, a bebida era a saída que minha alma achava pra diversão e pro alto prazer, amigas me decepcionavam, ficavam com meninos que eu gostava, algumas me feriam com palavras, eu só recebia palavras de morte, e eu nunca crescia.. Mas achava aquilo bom, me sentia uma pessoa "geniosa, forte e com personalidade"... Pura burrice. Fui abusada duas vezes, por dois homens diferentes, eles me tocavam e um deles sempre me mostrava as suas partes intimas e eu só tinha 8 anos de idade, uma criança.

Mas Deus usou minha líder, a Paula da história, a única pessoa de quem citei o nome, ela foi usada pelo homem que morreu por mim e que deu seu sangue para que hoje eu tivesse todos os sorrisos. Ele acendeu todas as luzes apagadas no meu coração, me curou de traumas e me levantou de um poço que eu achava fundo demais, disse que eu era a sua princesa e que estava colocando sapatos de cristal em meus pés para que eu andasse em ruas de ouro, e hoje eu ando nelas, nos caminhos de Deus e nas maravilhas de sua lei. Hoje eu sei que eu fui liberta e que Ele quebrou todas as correntes do meu coração, Ele me deu a mão e todo seu amor, mesmo eu tendo mutilado toda minha vida com todos os erros que cometi e ainda cometo, pois sou carne. Mas Ele tem misericórdia e nunca mais eu vou apagar uma lâmpada acesa do meu coração, Ele é o Deus grande e forte, o Pai que todo mundo precisa, o homem que me dá um beijo na testa todas as noites e diz: "Durma em paz", eu não o vejo, mas não preciso pois eu creio, e hoje eu sou nova criatura.

Creio em uma segunda virgindade e Deus realmente restitui, mas precisamos pedir perdão, pois Ele tem um mar cheio de misericórdia por aqueles que se rendem a sua presença e ao seu amor, Ele nunca saiu do meu lado, até que eu o chamei e Ele veio morar DENTRO! Eu sou casa, lugar de Deus. 

E hoje eu creio em todos os planos de Deus, eu ainda não tenho minha casa rendida aos pés do Senhor, mas eu creio, afinal é promessa de Deus e irá se cumprir. Muitas vezes esquecemos das promessas, mas o Senhor mesmo se prendeu à sua própria palavra, por esse motivo e por amor, eu confio.

Minhas renúncias foram diversas e cada uma foi plantada e colhida com honra. Hoje eu colho frutos, tenho uma célula que vem crescendo cada vez mais, porque o Senhor busca por almas e para isso devemos nos permitir ser usadas. Passar a tarde resolvendo o problema do próximo não é perda de tempo é investimento no reino, onde o Rei é adorado.

Eu sou o milagre de Deus, eu sou a nova igreja. A perfeição só na glória, mas aqui eu busco ser a verdadeira adoradora do Rei e recompensar o que Ele fez por mim. 


A graça e a Paz.


Nelly Pereira, 18 anos
Líder de Célula
Twitter @sounelly_



Comentários

  1. Você é um exemplo para está geração. Lhe admiro muito, Deus ainda vai te colocar em lugares muito mais altos e vidas se renderão através do seu testemunho. ����

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